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quarta-feira, 19 de julho de 2017

A passagem da caravana da reforma trabalhista

A passagem da caravana da reforma trabalhista


No discurso do lançamento do Programa Nacional de Regularização Fundiária, do dia 11 de junho de 2017, no Palácio do Planalto, o presidente Michel Temer proferiu a seguinte frase: “Enquanto alguns protestam, a caravana passa. E está passando”.

Fugindo um pouco do tom político partidário desta frase, nota-se o caminho temerário que nossa frágil democracia tem trilhado nestes últimos tempos. Os debates e discussões legislativas, infelizmente, estão sendo feitos de forma pouco transparente e às pressas, sem permitir que a população mais impactada pelas alterações possam manifestar alguma insurgência.

Isso não é progresso e nem democracia! Não se está aqui a repugnar a totalidade da reforma trabalhista implementada, mas sim a criticar a maneira com a qual as mudanças foram feitas. É natural a alteração do contexto legislativo, sempre com o condão de equilibrar ainda mais o desnivelamento de algumas relações jurídicas, mas não precarizá-las.

Estamos diante de uma crise institucional que afeta todas as esferas do poder. O pior é que a parcela que sentirá os efeitos mais nefastos destes desmandos é a camada mais pobre e humilde da população.

A reforma trabalhista, justamente pelo fato de influir diretamente na economia e nas relações sociais do país, deveria perpassar por uma discussão mais ampla e menos açodada. Qualquer governo que preze pela democracia e pelo progresso necessita destinar uma atenção especial para as reivindicações das classes mais populares e clarificar da melhor forma possível as mudanças que pretende implantar.

Não importa o que aconteça, a caravana segue atropelando direitos sociais!


1 comentários:

  1. Enquanto o povo não tomar a responsabilidade para si nada mudará. A grande verdade é que o caráter passa longe da cultura nacional e como consequência os eleitores e não apenas os eleitos não conseguem pensar nos outros de maneira adequada e essa cultura não vem mudando, na verdade há uma intensificação. No Brasil a ideologia é o escudo e a espada desse povo de pouco brilho.

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